segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Apressentação


Conclusão



          Eu entendi, que no ano de 1838 surgiu um movimento popular no Maranhão. Este era contrário ao poder e aos aristocratas rurais que, até então, dominavam aquela região. Em dezembro de 1838, Raimundo Gomes (líder do movimento), com objetivo de libertar seu irmão que se encontrava preso em vila Manga, invadiu a prisão libertando não só seu irmão, mas também todos os outros que se encontravam pressos.

Introdução



            A Balaiada foi uma rebelião da massa maranhense desprotegida, composta por escravos, camponeses e vaqueiros, que não tinham a menor possibilidade de melhorar sua condição de vida miserável.Esses grupos sociais, que formavam a grande maioria da população pobre da província, encontravam, naquele momento, sérias dificuldades de sobrevivência devido à grave crise econômica e aos latifúndios improdutivos.

domingo, 18 de novembro de 2012

Raimundo Gomes

              Raimundo Gomes foi um líder da Balaiada e vaqueiro que trabalhava na fazenda do padre Inácio Mendes de Morais e Silva. Ele invadiu a cadeia pública da vila da Manga, localizada no interior da província, para libertar alguns outros vaqueiros presos. Conseguiu apoio da Guarda Nacional (unidade militar local composta de cidadãos comuns, isto é, soldados não profissionais) e das autoridades locais, todos descontentes com o governo da província.Em agosto de 1840,o novo presidente da província queria que todos os participantes da Balaiada entregassem suas armas.Quase 2500 balaios renderam-se imediatamente Raimundo Gomes se entregou,foi exilado para São Paulo e morreu durante a viagem.


Cosme Bento das Chagas

          Cosme Bento das Chagas, líder quilombola brasileiro (chefe de um quilombo que reunia aproximadamente três mil negros fugitivos); , nasceu escravo entre 1800 e 1802, na cidade de Sobral, no estado do Ceará.Em 1830, já alforriado, foi preso em São Luís, no Maranhão, por ter assassinado Francisco Raimundo Ribeiro. Fugiu da prisão e, após um período em que pouco se sabe sobre sua vida, se torna líder de quilombos e passa a ser conhecido em 1839 por alguns incidentes provocados por negros na Vila de Itapicuru-Mirim.

               Em dezembro do ano anterior o movimento conhecido como Balaiada eclodiu no Maranhão a partir da invasão da cadeia da Vila da Manga por Raimundo Gomes. Com a adesão de Manuel Ferreira dos Anjos, conhecido como Manuel Balaio, o movimento se expandiu e, após o cerco e tomada da cidade de Caxias, se expandiu para o Piauí.
             Com a repressão efetuada por Luís Alves de Lima e Silva, a resistência só pode ser mantida com o apoio militar de Cosme Bento e seus mais de 3000 comandados à Raimundo Gomes (julho/agosto de 1840). Cosme adotou o título de Dom Cosme Bento das Chagas, Tutor e Imperador da Liberdade Bem-Te-Vi e fundou na fazenda Tocanguira o maior quilombo da história do Maranhão.



Manuel Francisco dos Anjos Ferreira

                   Manuel Francisco dos Anjos Ferreira ou Manuel dos Anjos Ferreira ou simplesmente Manuel Balaio (fazedor de balaios, donde surgiu o nome balaiadafoi um importante líder da Balaiada, revolução regencial, ocorrida de 1838 até 1841 no estado do Maranhão.
No ano de 1838 surgiu um movimento popular no Maranhão. Este era contrário ao poder e aos aristocratas rurais que, até então, dominavam aquela região.
                Em dezembro de 1838, Raimundo Gomes (líder do movimento), com objetivo de libertar seu irmão que se encontrava preso em vila Manga, invadiu a prisão libertando não só seu irmão, mas também todos os outros que se encontravam presos.


              Após algumas conquistas dos balaios, como a tomada de Caxias e a organização de uma Junta Provisória, o governo uniu tropas de diferentes províncias para atacá-los. Contudo, Os balaios venceram alguns combates.
                 Outros líderes, como, por exemplo, o coronel Luís Alves de Lima e Silva também entrou em combate com os revoltosos. Entretanto, o comandante dos balaios, Raimundo Gomes, rendeu-se.
            Após a morte de Balaio, Cosme (ex-escravo e um dos principais chefes dos balaios) assumiu a liderança do movimento e partiu em fuga para o sertão. Daí em diante, a força dos balaios começou a diminuir, até que, em 1840, um grande número de balaios rendeu-se diante da concessão da anistia. Pouco tempo depois, todos os outros igualmente se renderam. Com a completa queda dos balaios, Cosme foi enforcado.

             
 A Balaiada
           Balaiada foi uma revolta que eclodiu na província do Maranhão, entre os anos de 1838 a 1841. Recebeu esse nome devido ao apelido de uma das principais lideranças do movimento, Manoel Francisco dos Anjos Ferreira, o "Balaio" (cestos, objetos que ele fazia).
          A Balaiada se distingue das outras revoltas que eclodiram no período regencial por ter sido um movimento eminentemente popular contra os grandes proprietários agrários da região.
       As causas da revolta estão relacionadas às condições de miséria e opressão a que estava submetida a população pobre da região. Nesta época, a economia agrária do Maranhão atravessava um período de grande crise. A principal riqueza produzida na província, o algodão, sofria forte concorrência no mercado internacional e, com isso, o produto perdeu preço e compradores no exterior.

Crise do algodão


            As camadas sociais que mais sofriam com a situação eram os trabalhadores livres, camponeses, vaqueiros, sertanejos e escravos. A miséria, a fome, a escravidão e os maus tratos constituíram os principais fatores de descontentamento popular que motivou a mobilização dessas camadas sociais para a luta contra as injustiças sociais.
        A classe média maranhense estava insatisfeita politicamente. Havia aderido aos princípios liberais de organização política, muito difundidos na época pelos opositores da monarquia e adeptos do republicanismo.
              Importantes setores dessa classe passaram a reivindicar mudanças no controle das eleições locais que acabavam favorecendo os grandes proprietários agrários. Fundaram um jornal, com o nome de "Bem-te-vi", para difundir os ideais republicanos. Com o objetivo de organizar um movimento de revolta contra o mandonismo dos grandes proprietários, os setores politicamente organizados da classe média se aproximaram das camadas mais pobres, na tentativa de mobilizá-las para a luta.

Governo provisório


             Mesmo sem ter sido cuidadosamente preparada e possuir um projeto político definido, a Balaiada eclodiu em 1838. Os balaios conseguiram tomar a cidade de Caxias, uma das mais importantes do Maranhão, em 1839. Organizaram um governo provisório que adotou algumas medidas de grande repercussão política, como a decretação do fim da Guarda Nacional e a expulsão dos portugueses residentes na cidade.
        Nas ruas, a revolta dos balaios caminhou rapidamente para a radicalização, porque juntaram-se ao movimento escravos fugitivos, desordeiros e criminosos. Foram inúmeras as cenas de banditismo, violência e vingança social ocorridas pela cidade e no interior da província. Foi também nessa fase da revolta que surgiram novos líderes, como o negro Cosme Bento, líder de um quilombo que reunia cerca de 3 mil escravos fugitivos, e o vaqueiro Raimundo Gomes.

O duque de Caxias


           A radicalização da revolta, porém, levou a classe média a se desvincular do movimento, e até mesmo a tomar algumas medidas para contê-lo. Foi assim que esses setores acabaram apoiando as forças militares imperiais, enviadas pelo Governo central à região. As forças militares imperiais ficaram sob comando do coronel Luís Alves de Lima e Silva.
       O combate aos balaios foi bastante violento. O movimento de revolta foi contido em 1841. Cerca de 12 mil sertanejos e escravos morreram nos combates. Os revoltosos presos foram anistiados pelo imperador dom Pedro 2º. A vitória sobre a balaiada levou o coronel Luís Alves de Lima e Silva a ser condecorado pelo imperador com um título de nobreza: Barão de Caxias.
Antecedentes

               Durante o Período regencial brasileiro o Maranhão, região exportadora de algodão, passava por uma grave crise econômica, devido à concorrência com os Estados Unidos da America. Em paralelo, a atividade pecuária absorvia grande parte da mão-de-obra livre nessa região. Esses fatores explicam o envolvimento de escravos e de homens livres de baixa renda no movimento.
              No campo político ocorria uma disputa no seio da classe dominante pelo poder, que se refletia no Maranhão opondo, por um lado, os liberais (bem-te-vis) e os conservadores (cabanos). D. Pedro II, a época da Regência de Pedro de Araújo Lima, provocando o chamado regresso conservador, oscabanos maranhenses aproveitaram a oportunidade para aliar-se aos bem-te-vis, tentando, ao mesmo tempo, debilitar ainda mais estes últimos pela contratação dos serviços de vaqueiros, tradicional apoio dos bem-te-vis. À mesma época, no Piauí dominava Manuel de Sousa Martins, conservador, que saiu fortalecido com a Lei dos Prefeitos e estimulou a revolta de seus conterrâneos liberais que almejavam ganhar mais poder político, como ocorrido quando da promulgação do Código de Processo Criminal de 1832 e do Ato Adicional de 1834.

Motivos da revolta

      A economia agrária Maranhense atravessava uma grande crise. Sua fonte de renda, o algodão, vinha perdendo seu espaço no mercado devido à forte concorrência internacional do algodão produzido nos Estados Unidos, que possuía um produto de melhor qualidade e com um preço mais acessível.
Essa crise econômica tendia sempre a prejudicar a população de baixa renda, ou seja, um vasto grupo de pessoas formado por vaqueiros, sertanejos e escravos.
     

     Revoltados com essa lastimável situação, essa multidão de pessoas resolveram se juntar e lutar de alguma maneira contra essas injustiças (miséria, fome, escravidão e maus-tratos).
     Havia também uma grande insatisfação política por parte da classe média maranhense, que assim formava o grupo dos bem-te-vis. Foram os bem-te-vis que iniciaram a revolta contra os grandes proprietários de terra maranhenses, mas também contaram com a ajuda em massa de outro grupo, que foi fundamental na revolta.


Idealizadores da revolta

     Os principais líderes populares da revolta da Balaiada foram: Manuel Francisco dos Anjos Ferreira (fazedor de balaios, principal idealizador e foi dai que surgiu o nome "Balaiada"), Cosme Bento das Chagas (chefe de um quilombo que reunia aproximadamente três mil negros fugitivos) e Raimundo Gomes (vaqueiro).


O movimento

     O acontecimento que deu início à revolta foi a detenção do irmão do vaqueiro Raimundo Gomes, da fazenda do padre Inácio Mendes (bem-te-vi), por determinação do sub-prefeito da Vila da Manga (atual "Nina Rodrigues"), José Egito (cabano).
     Em dezembro de 1838, contrariando a prisão do irmão, Raimundo Gomes, com o apoio de um contingente da Guarda Nacional, invadiu o edifício da cadeia pública da povoação e o libertou. Em seguida, Raimundo Gomes conseguiu o apoio de Cosme Bento (ex-escravo que liderava um grupo de três mil escravos evadidos), e de Manuel Francisco dos Anjos Ferreira (fazedor de balaios).
     Para combatê-los Luís Alves de Lima e Silva foi nomeado presidente e comandante das Armas da Província, o coronel que venceu os revoltosos na Vila de Caxias com isso foi promovido a General e recebeu o seu primeiro título de nobreza, Barão de Caxias, e inicia aí a sua fase de "O Pacificador".


Repressão do movimento

     Para combater a revolta dos balaios, o coronel Luís Alves de Lima e Silva contou com um armamento um tanto quanto poderoso e com cerca de oito mil homens comandados. A desarticulação de vários braços revoltosos da Balaiada e a desunião em torno de objetivos comuns, facilitou bastante a ação repressora estabelecida pelas forças governamentais lideradas pelo coronel Luís Alves de Lima e Silva.

     Todos os negros fugitivos acusados de envolvimento na revolta foram reescravizados.Os líderes balaios foram mortos em batalha ou capturados. Destes últimos, alguns foram julgados e executados, como Cosme Bento, que foi enforcado
     Sousa Martins recebeu o título de Visconde da Parnaíba por ter contribuído na contenção da revolta na província do Piauí.
     O combate aos balaios foi duro e violento. A perseguição só terminou em 1841, quando tinham morrido cerca de 12 mil revoltosos.

Balaiada (em resumo)

Local e data: Maranhão e Piauí, 1838 a 1841.

Grupos sociais: sertanejos, vaqueiros e escravos.

Líderes: Raimundo Gomes (vaqueiro) e Cosme Bento (ex- escravo).

Causas: insatisfação com o presidente da província nomeado pela regência, disputa pelo poder local, crise de exportação do algodão (sofria concorrência com os Estados Unidos) e revolta dos vaqueiros, escravos fugitivos e produtores de balaios.

Objetivos: lutar contra a miséria, a escravidão e os maus-tratos.

Desfecho: repressão violenta, morte de cerca de 12 mil revoltosos.